Maratona de Berlim 2013

Maratona de Berlim 2013

quarta-feira, 29 de junho de 2011

por que sorrio?


Sorrio porque, enquanto outros ainda dormem, posso acompanhar o nascer do sol no Rio de Janeiro
Sorrio porque tenho esse mesmo sol majestoso à minha frente, ligeiramente à esquerda
Sorrio porque tenho as ondas do mar quebrando ao meu lado
Sorrio porque meus sonhos viajam muito mais longe que meus pés

Sorrio também porque tenho uma esposa que "segura a barra" enquanto estou treinando
Sorrio porque tenho filhos maravilhosos esperando pelo "papai" deles em casa
Sorrio porque tenho todo o restante da família me apoiando

Sorrio porque encontrei grandes amigos para dividir minhas conquistas e dúvidas
Sorrio porque tenho muitos desses amigos correndo comigo
Sorrio porque tenho muitos amigos que não estão agora correndo comigo, mas me querem bem

Sorrio também porque aquela ladeira no quilômetro 17 me ensinou muito sobre a vida
Sorrio porque tenho conseguido, ainda que com dificuldade, ver o copo sempre meio cheio
Sorrio porque posso aprender um pouco mais a cada dia com a corrida


Sorrio porque a corrida é, para mim, a celebração do dom da vida

(boa notícia: fui ao ortopedista hoje. Embora tenha 3 lesões, elas são leves e posso continuar correndo desde que reduza o volume. Agora é encarar a fisioterapia)

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Asics Golden Four - 1h 59min 26seg de diversão!

Canto superior esquerdo: eu, Borges, Guilherme e Michel (amigo da faculdade)
Ao lado: Rodrigo (irmão da Camila, amigos de longa data), Guilherme e eu
Canto inferior esquerdo: eu, Guilherme, (amigo do André) e André (Andre e o Tenis, meu parceiro nessa prova)
Ao lado: Guilherme, Borges e eu (os "sobreviventes" do projeto Meia Maratona em 2011)
Na vertical: meu primo Paulinho (alguém acredita que ele tenha 60 anos?. Detalhe: completou em 1h53'), eu e Guilherme

Deixe-me dizer logo que esse foi o inicio de um final de semana mágico, onde faltarão adjetivos para descrever tudo que vivi nessa Meia-Maratona! O percurso, de 21 km, foi do Recreio para São Conrado.

Estava receoso. Tinha dores que me deixavam em dúvida se devia ou não participar dessa prova. Os 4 últimos dias haviam sido de muito gelo e alongamento. Temia realmente não concluir e quebrar feio, ainda por cima piorando as lesões. A confiança estava baixa. Coloquei como meta fechar em menos de 2 horas, o que signifca um pace relativamente confortável de 5'40"/km.

A feira na véspera foi tão boa que minha empolgação aumentou. Ainda que a meta original fosse de completar a meia na prova da Caixa, em 17/07, circunstâncias me levaram a me inscrever nessa prova, que muito prometia. Na feira foram muitas palestras interessantes e o almoço excelente.

Das palestras, além de ser sempre bom ouvir as histórias de superações de atletas como o Lelo, que teve fraturas múltiplas na perna, ficou 4 anos em treinamento e agora faz maratona para 2h37', teve uma que me chamou a atenção para um fator. É a questão do equilíbrio muscular do nosso organismo. O fato é que desde que tive minha primeira lesão no tornozelo há uns 15 anos, tenho tido diversas contusões. Uma coisa que sempre me chama a atenção é que o lado direito do meu corpo suporta uma carga muito menor na musculação que o outro. Pode estar aí a causa das contusões que sofri desde então! O bom é que é algo que pode ser trabalhado na musculação, sempre levantando peso com cada lado isoladamente. Farei isso no 2º semestre!

Outra coisa muito boa do pré-prova foi encontrar amigos. Fui com Borges, e lá encontrei o Guilherme. Ambos foram grandes parceiros nessa caminhada que se iniciou ano passado rumo à meia, que se iniciou em um casamento de um amigo em comum. Encontrei também Bruno Gelmi, Felipe Carino, Iberé, Daniel Sarti, todos do Blog correria, Jorge Ultramaratonista, Lelo e outros que conheci no local. É muito bom poder falar de pace, longão etc sem "encher o saco" de quem não é do universo de corridas he he.

Mas vamos á prova em si...

Com sentido invertido ao originalmente proposto e largada no recreio, tive que acordar às 3:45h, depois de ir dormir próximo de meia-noite. Mas já é sabido e estudado que a noite anterior mal dormida não costuma atrapalhar no rendimento da prova e, então, isso não abalou em nada minha confiança. Não havia jantado muito, então optei por tomar um café mais robusto, já que ainda faltavam 3 horas para a largada. Comi um sanduíche de pão de forma com queijo minas, um suco, um iogurte e uma banana. Por volta das 6:00h acrescentei uns 5 biscoitos maizena que havia levado e, instantes antes da largada, uma paçoca. A opção pela alimentação mais reforçada foi excelente, e não tive problemas com isso durante a prova.

Busquei meu amigo Borges, grande companheiro e chegamos em São Conrado, onde sairiam os ônibus para o Recreio às 5:00h. Devido à uma pequena confusão em relação ao local de saída dos ônibus, finalmente nos acomodamos neles. O nosso saiu às 5:45h.

Chegamos ao local de largada às 6:30h. Era um lindo dia de sol de inverno, com temperatura amena. No local encontramos os amigos Guilherme, Rodrigo, André, do ótimo blog André e o Tênis, e o Glácio, seu amigo.

Combinamos todos de correr em um ritmo de 5'40"/km, o que daria um pouco menos de 2h de prova. O amigo Borges já avisou que correria mais rápido, pois estava com condicionamento melhor, e fechou a prova em 1h48', um ótimo tempo.


A largada foi bastante pontual e, no local em que fiquei, sem atropelos. Embora no início a densidade estivesse grande, não chegava a prejudicar o ritmo, da mesma maneira que nós mesmos não atrapalhávamos os demais. Assim, estávamos em uma boa posição. Não vi aquela multidão de caminhantes das provas mais curtas. Ótimo!



Conseguimos encaixar o tempo pretendido desde o início. Rodávamos como um relógio no ritmo pretendido. Conseguíamos tal proeza controlando pelo Virtual Partner do GPS, ajustado para 5'40". Quando ele abria um pouco, acelerávamos, quando nós é que abríamos, reduzíamos. Acabei ficando meio que como pacer do nosso pelotão. Éramos um grupo de 5.

Me divertia muito. Era muito bom estar ali, correndo com aqueles amigos, tendo o mar a minha direita e o sol a frente. Uma verdadeira celebração da vida. Queria eternizar aquele momento.

No início da prova, meu joelho andou dando sinal de vida com alguma frequência. A sorte é que a prova era plana nessa altura, pois uma ladeira ali poderia ter abalado muito meu psicológico. O acaso jogou ao meu lado, pois a inversão do sentido da prova jogou a ladeira para o final. Ainda assim, corria com um pouco de medo a cada pontada. Mas eu procurava pensar positivo, lembrando que, nos treinos, as pontadas se reduziam muito conforme meu corpo aquecia. Foi o que aconteceu. Mas tenho que dizer que várias vezes temi uma dor mais forte me tirar da prova. Andei com dinheiro do taxi para essa eventualidade. Seria, entretanto, uma grande derrota, não há como negar, ainda que extraisse algo positivo com certeza. Afinal, "tudo vale a pena se alma não é pequena".


Por volta dos 6k, comi um gel e completei com gatorade oferecido pela organização. Aqui foi um pouco complicado, pois o mesmo vinha em copo, e foi praticamente impossível tomar sem caminhar. Não sei como resolver isso nas próximas provas. Uma opção é levar meu cinto de hidratação. O risco é uma das garrafinhas cair, o que acontece de vez em quando (diria 20% dos treinos) e pode ser muito chato em uma prova.

Até o 10k, o quilômetro mais rápido havia sido em 5'37" e o mais lento em 5'43". Incrível isso. Por volta do 10k, o grupo se reduziu. Enquanto Guilherme acelerava um pouco para buscar um ritmo um pouco mais forte, André permanecia ao meu lado no mesmo pace, enquanto os outros dois reduziram um pouco.


Por volta dos 16k comi uma paçoca, que para mim é ótimo e tomei mais um pouco de gatorade. Em algum momento tomei um pouco de água, e ficaria bem hidratado e nutrido por toda a prova.


Foi sensacional ter um amigo como André, que conhecia apenas virtualmente, ao meu lado nessa prova. Certamente criamos ai uma longa amizade! Embora o ritmo estivesse, até certo ponto, confortável, o psicológico alterna um pouco em uma prova longa como essa. Acabamos, também, involuntariamente, adotando uma estratégia ao final que se mostrou acertada. Um pouco antes de entrarmos na ladeira do túnel abrimos uns 50 metros do Virtual partner até por iniciativa do André, "gordura" que se mostrou essencial no aclive maior do que o imaginado que enfrentaríamos ali. Na ladeira, como estava bem, procurei incentivar o André, que mostrava sentir um pouco o esforço. Corríamos lado a lado e assim completaríamos a prova!

Na descida, tive que enfrentar outro inimigo, meu pé esquerdo. Voltei a sentir o tal do Neuroma de Norton que, já havia percebido, costuma incomodar justamente nas descidas. Mudei um pouco a pisada para o calcanhar para compensar. Consegui segurar a onda. (PS. na verdade era apenas uma metatarsalgia, mais leve que o neuroma, mas no mesmo local)

Aceleramos um pouco ao final, até porque percebi que o GPS tinha um erro devido aos túneis e apitaria o fim da prova muitos metros antes da chegada. Chegamos em ótima condição. Lembrava-me dos treinos, das dúvidas, de tudo que havia passado nesse tempo. Cruzei a linha de chegada sorrindo! Aliás, o sorriso era quase que permanente. Por mais que tentasse, não conseguiria me desfazer dele nos momentos seguintes. Aquilo era um sonho se tornando realidade. Há alguma coisa mais maravilhosa que o "clima" pós-prova? todos comemorando o desafio, felizes, uma sensação que só quem já fez uma prova dessas conhece.

Do grupo de 4 amigos que começaram a preparação para essa meia, 3 cruzaram a linha de chegada ontem: Borges, Guilherme, que acabaria terminando cerca de 30 seg antes, e eu. Foi uma belíssima caminhada juntos!

A medalha da prova foi a cereja do bolo! A mais linda que já vi... como disse meu filho quando cheguei em casa, parecia um 6, mais para mim ela simbolizava muito!!

Quanto à minha meta de 1h45' na prova da Caixa, certamente não dá. Mas isso é realmente o de menos. Ontem eu fui muito feliz e, com certeza, não me esquecerei jamais dos momentos que passei. O dia 26 de junho passa a ser uma data para ser comemorada de agora em diante, como o dia em que superei meus medos e me tornei uma pessoa melhor. E o que é melhor, na companhia de grandes amigos!

Que venha a Maratona em 2012! Borges já disse que estará comigo no projeto! Quem mais se habilita?

domingo, 19 de junho de 2011

Jardim Botânico e Asics

Embora não esteja totalmente 100%, essa semana fiz 3 treinos, dois de ritmo e um longão hoje. Evitei os treinos intervalados mais fortes. Hoje fiz 15k, a um pace médio de 5'40". Serviu como teste para domingo, quando correrei a meia-maratona da Asics. Espero não ter problema.

A única coisa que fiquei chateado foi que fui correr no Jardim Botânico, que inclusive tinha sido motivo de reportagem do Globo como ótimo lugar para treinar, e quando cheguei lá o segurança me informou que a corrida estava proibida no parque. Só é permitida até as 8:00h e após as 17:00h, horário em que apenas os sócios podem entrar. Mesmo assim pouco adiantaria para mim me associar, pois o parque abre as 6:30h para os associados, e então meu longão ficaria limitado a 1h30'.

O que é triste é ver que, nas vezes em que lá estive, os corredores eram tão poucos que não atrapalhavam ninguém. Sem falar que as alamedas são largas, é bem tranquilo correr ali. Percebo que realmente ainda estamos longe de ser uma cidade olímpica. Triste ver isso...

Acabei indo correr na Lagoa, mas não estava nem com tênis apropriado, pois o piso do Jardim Botânico é bem mais macio, especialmente para alguém que está tentando se livrar de uma contusão. Por isso reduzi a distância, que seria de 17k para 15k.

Quanto à Asics, estou animado! seremos 3 amigos correndo, eu, Borges e Guilherme, além de inúmeros amigos virtuais e outros que já viraram reais. Se alguém que for participar puder dar um alô nos comentários, vou tentar encontrar! Vou fazer um pace bastante conservador, em função do meu estado e das outras duas meias que pretendo correr em julho e agosto.

Treinos da semana:
2ª feira: off
3ª feira: off
4ª feira: ritmo (35' a 5'10")
5ª feira: musculação
6ª feira: ritmo na esteira (30' a 5'/k e 1% inclinação)
Sábado: off
Domingo:Longão na Lagoa 15,1k (1h25'43")

domingo, 12 de junho de 2011

Perder para ganhar

Ok, o sentido não é o mesmo do programa de mesmo nome, mas eu acho teu legal que usei assim mesmo. Galera, desde que criei o blog nunca passei tanto tempo sem postar. O motivo principal foi um curso que me fez ficar chegando em casa todos os dias da semana passada muito tarde e já cansado. O segundo motivo é que estou parado desde terça-feira passada, fazendo tratamento em casa para ver se melhoro. O fato é que desde que começaram as pontadas no joelho, comecei a sentir também uma dor no músculo por trás do dito cujo, e por último, uma dor no pé, como um Neuroma de Morton (na dúvida veja no google). É curioso que nenhuma das 3 chegou a incomodar a ponto de ter que parar um treino, mas não vinha gostando da evolução.

No domingo passado cheguei a fazer um longão de 19k em volta do Maracanã, pois imaginei que, se tivesse alguma dor, seria mais fácil parar, já que o circuito é de várias voltas. Acabou que não precisei, tendo ido até o final. O ritmo, entretanto, foi lento. Acho, inclusive, que esse foi um dos meus erros nos treinos anteriores, de ter forçado muito a velocidade nos longões. O outro erro foi de não ter intercalado uma ou outra semana mais tranquila no meio. É aquela história, sabia que era recomendável, mas, como tudo estava dando certo, ia levando sem elas.

É triste porque os treinos vinham muito bem e, com a temperatura mais baixa e belas manhãs de sol, tudo conspirava a favor, mas, fazer o quê? A princípio minha pausa vai até terça-feira, retornando no dia seguinte com um treino leve. Mas vamos ver se vai dar... o ruim é que estou sentindo uma baita falta da endorfina e descontando nos doces. Preciso parar com esse ciclo já! A Asics está aí, em duas semanas!

quarta-feira, 1 de junho de 2011

quase que não fui, mas acabei fondo

6h da manhã - triiiiiiiiiiiiiiiimmmmmmmmmmmmmmmm
diabinho: ah, hoje não vou não. Não vou correr, não posso fazer spinning. Minha série de musculação é curta. Acordar tão cedo só para fazer meia-hora de musculação?
anjinho: mas você precisa dessa meia-hora. É isso que vai te ajudar a não se machucar mais.
diabinho: mas se é só meia horinha de musculação por que acordar tão cedo?
anjinho: lembre-se que você não preparou a mochila ontem, esse processo leva tempo. Levanta, vai!
diabinho: mas está muito frio fora do edredon...
anjinho: azar o seu. Levanta agora!
diabinho: então tá, mas então só 5 minutos, que o sonho estava bom, e a mochila não leva tanto tempo assim, vai...
anjinho: 5 minutos e não se fala mais nisso

6h05' da manhã
anjinho: levanta agora!
diabinho: e se eu fizer assim: coloco o despertador para 6h30', faço tudo rapidinho, vou e volto da academia correndo e venho em casa para tomar banho. Assim não preciso preparar a mochila.
anjinho: acho que você está querendo me enganar...
diabinho: tô não, é sério. Vou fazer isso...

6h30' da manhã triiiiiiiimmmmmmmmmmmmmmmmm
anjinho: agora já passou do limite. É pra já!
diabinho: ai meu Deus... tudo menos isso... o edredon está tão bom... não pode ser... quero me entupir de doces e ficar dormindo aqui nesse edredon... que vida saudável nada... que corrida o quê... que se dane... eu não quero ver ninguém... chega!

É, foi mais ou menos o que ocorreu hoje. Fraquejei. Ainda bem que me levantei e fiz meus 30 minutos de musculação. Não ia me perdoar se tivesse cabulado o treino! Um abraço especial a todos os que estão saindo de debaixo desse edredon para treinar, especialmente nos lugares mais frios!! Somos todos vencedores!!