Maratona de Berlim 2013

Maratona de Berlim 2013

quinta-feira, 31 de março de 2011

Brinquedinho novo - Garmin 305

Como já falei, meu frequencímetro, um Timex que eu gostava muito, foi furtado. Resolvi fazer do limão uma limonada e comprar algo ainda melhor. Alguns dirão que com dinheiro é fácil, o que é verdade, mas foi o que eu fiz. Eu tinha um portador que poderia trazer dos Estados Unidos para mim. Não vou dizer quem foi para não o expor, mas serei sempre grato. A questão é que um frequencímetro igual ao que eu tinha custava US$60 e o Garmin 305, que além de frequencímetro é um GPS, estava em promoção na Amazon por US$122. Não resisti.

O brinquedinho é bacana demais e, para mim, será excelente. Já fiz dois treinos de corrida e um de spinning com ele.

A captura de sinal de satélite funciona perfeitamente, mesmo dentro de casa (claro que próximo à janela) e com o tempo totalmente encoberto e com chuva, caso de hoje. Achei que pegou o sinal mais fácil que o GPS do meu carro.

Ele parece grande, mas ao colocarmos no pulso e sairmos para uma corrida vemos que isso não é uma desvantagem. Primeiro, ele é grande, mas não é pesado. Segundo, com o mostrador grande, fica mais fácil de acompanharmos as variáveis chaves da corrida em uma mesma tela. O perigo é chamar a atenção de ladrões. Como eu corro pela manhã, acho que o problema é menor do que à noite.

Existem vários sites na web para "baixar" os resultados e permitir acompanhar os treinamentos. Por enquanto eu usei o próprio software que vem, que é o Garmin Training Center (GTC). Uma das principais críticas que fazem a ele é que o sistema de mapas é fraco. No meu caso, entretanto, e para minha surpresa, ele automaticamente capturou os mapas do gps do meu carro, do projeto Tracksource, que estava no mesmo micro e aí o mapa ficou excelente. O GTC se conecta com o Garmin Connect, que permite inserir os dados da corrida na web e compartilhá-los. Não o usei ainda. (UPDATE 5/4: tenho usado o Garmin Connect e tem funcionado maravilhosamente bem. Aprovado)

Hoje fiz um ótimo treino com o Garmin no qual corria 500m forte e depois 400m fraco. Achei sensacional poder ver o pace em que estava instantaneamente, o que funcionou muito bem. Não sei se dei sorte de pegar uma área com muitos satélites, mas essa é outra coisa que eu vi gente reclamando na web e com a qual não tive nenhum problema. Para evitar flutuações muito abruptas na velocidade pelo próprio erro, ele permite automaticamente suavizar a captura de resultados, o que para mim permitiu uma ótima leitura.

Bom, é isso. Agora estou entrando em uma fase de treinos mais fortes, visando a meta de julho. Estou pensando em passar os treinos de corrida de 3 para 4 vezes na semana, reduzindo um dia do spinning. Vou tentar uma semana assim e ver como o corpo reage. Estou totalmente zerado de dores, o que me permite pensar grande, ainda que com a cautela habitual.

terça-feira, 29 de março de 2011

Wanderley Cardoso

Domingo muito complicado.

Sábado à noite fui em uma festa infantil e comi muita besteira, ainda que tenha tentado "maneirar" um pouco. Comecei a correr e começou o Wanderley Cardoso a incomodar. Até que no quilômetro 5 não aguentei e tive que dar um pit-stop em um posto de gasolina para me aliviar. Ainda bem que o banheiro era limpinho. Depois continuei, mas o calor era muito forte e fiquei com medo de me desidratar por causa da combinação alta temperatura + problemas estomacais. Acabei interrompendo o treino no 15k, quando a previsão era fazer 18k. Mas pelo menos não perdi o treino. Lição do dia: não comer muita besteira na véspera do longão.

De resto os treinos da semana haviam sido excelentes. Havia conseguido cumprir bem tudo que planejara, o que fazia com que tivesse esperança de um ótimo longão. Paciência...

Treinos da Semana:
2ª feira: spinning + musculação
3ª feira: Maracanã ritmo: aquec + 9k a um ritmo alvo de 5'10" + desaq
4ª feira: spinning + musculação
5ª feira: Intervalado com ladeira na Quinta: aquec + 8 x (450m forte + 450m fraco) + desaq
6ª feira: spinning + musculação
sábado: off
domingo: longão - Lagoa, Asfalto (15k, 1h37'30")

sexta-feira, 25 de março de 2011

rapidinhas

  • Correr gera consumo calórico maior que imaginado: Um estudo recente mostrou que após a conclusão do exercício aeróbico existe um efeito de aumento do consumo calórico que queima energia adicional. O estudo foi feito com 10 pessoas normais, incluindo 3 obesas, que foram submetidas a um exercício moderado de 45 minutos em bicicleta ergométrica. O estudo mostrou que essas pessoas gastaram, em média, 545 calorias durante o exercício. Até aí, nada demais. O melhor vem depois. O estudo mostrou que elas gastaram mais 190 calorias acima de seu gasto normal nas 14 horas seguintes ao exercício. Esse resultado tem uma ótima acurácia por ter sido feito em uma câmara metabólica que mede literalmente, cada respirada que a pessoa dá e, daí, extrai seu gasto calórico. A análise mostrou que não é necessário que o exercício seja muito intenso para obter esse resultado, mas deve atingir pelo menos cerca de 70% da frequência de limiar anaeróbico.
  • Maratona sem treinamento: é possível correr uma maratona sem qualquer treinamento? a maioria diria que não. Eu também. Mas a internet tem alguns casos de pessoas que correram e completaram em um tempo relativamente bom. Andrew Gertig fez, e conseguiu completar em 4 horas e 28 minutos. Veja aqui. Ele era jovem (não sei a idade) e praticava exercícios. Diz ele no artigo que o amigo Tyson, que era sedentário, também completou, em 5 horas e meia. Ele diz que vinha correndo cerca de 3 kms por dia, mas o amigo Tyson gostava mesmo era de música! A estratégia deles foi caminhar a cada marca de 1 milha, tomar Advil antes da prova e por aí vai. Sinceramente acho que isso só é possível para pessoas muito jovens ou profissionais de outras distâncias.
  • Five Fingers chega ao Brasil: Com muito atraso, chega ao Brasil finalmente o Vibram Five Fingers, o tênis de corrida minimalista mais famoso do mundo. Com todo o custo Brasil, ele chega a R$300, nas lojas Track and Field, onde será vendido, por enquanto, com exclusividade. Acho que é uma boa notícia pois finalmente nós que usamos tênis minimalistas podemos parar de ver as pessoas acharem que somos loucos quando mostramos os tênis que usamos para correr. Vamos chegar ao Mainstream!! eu confesso que acho ele muito feio, mas é um bom começo.
  • Corrida da Ponte: Continuam devagar as inscrições para a Corrida da Ponte , que ocorrerá em 17/04. Ainda que eu acredite que a prova não será um fracasso, ainda estamos no 2º lote de um total de 5. Só para lembrar, essa corrida é aquela que, além da inscrição ter começado em R$120, ia ficando mais cara à medida que mais gente se inscrevia e os lotes se esgotavam. Acho que a Spiridon (organizadora) errou a mão aí no valor e formato das inscrições.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Autoentrevista

Para responder algumas perguntas e também para brincar um pouco, montei essa autoentrevista abaixo.

Sergio: Você quer contar para nós um pouco de como tudo isso de corrida e blog começou?
Sergio: Não sei bem porquê, mas a corrida sempre foi um esporte que me atraiu muito. Após alguns períodos em que me empolgava com a corrida e depois perdia a motivação, voltei a correr no início de 2009 para não mais parar, exceção a uma contusão que tive no começo de 2010 e que me deixou uns 4 meses parado.  Em 2010 resolvi criar o blog, acho que mais para poder registrar tudo aquilo que estava passando para poder me lembrar depois. É que depois de uma certa idade a memória começa a falhar he he.

Sergio: Mas você ganha dinheiro com isso? afinal, para que serve esse negócio de blog?
Sergio: não ganho nada e tenho um trabalho danado. É minha diversão depois que as crianças vão dormir. Na verdade com o tempo descubro cada vez mais que as coisas que me dão mais prazer na vida não guardam nenhuma relação com dinheiro. Acho que estou ficando velho...

Sergio: Quão velho? tipo tiozinho? ou tipo vovô?
Sergio: no momento estou mais para tiozinho. Tenho 38 anos.

Sergio: E como você administra a família? sua mulher também corre?
Sergio: já correu, mas parou quando tivemos nosso segundo filho. Tento incentivá-la a voltar, está difícil... mas acho que ela vai voltar. Ela inclusive fez uma prova de 6k que mostrou que ela leva mais jeito que eu, o que realmente não é nada demais, dado minha inaptidão. Quanto aos treinos, procuro sempre fazer pela manhã cedo, assim não prejudica muito a rotina da família.

Sergio: Mas você já tentou futebol, tênis e agora a corrida. Nunca teve resultados expressivos. Apesar de tanto treino e tal ainda corre na faixa acima de 5'/km. Afinal, por que você não desiste?
Sergio: O legal da corrida é justamente isso. Mesmo um pangaré como eu se diverte tanto quanto alguém muito rápido. O que importa na verdade é a sua evolução, comparando seus próprios tempos. Não os tempos dos outros. Outra coisa boa para a auto-estima é que, não importa quão devagar você vá, você nunca será o último!

Sergio: E as contusões? Você já teve muitas... como lida com elas?
Sergio: com o tempo aprendi a respeitar mais meu corpo, o que não significa que seja totalmente imune ao exagero nos treinos ou às contusões. Mas hoje tem sido mais raro. Creio que já faça uns 9 meses que não tenha nenhuma contusão que tenha me tirado mais que um dia ou dois de treino. Acredito, também, que o treino de spinning e musculação ajudem muito.

Sergio: em resumo, você faz um esporte repetitivo, solitário, tem que ficar se preocupando o tempo todo em não ter contusões, você é uma espécie de masoquista ou algo do gênero?
Sergio: olha, em primeiro lugar você devia maneirar para falar comigo, afinal eu sou o entrevistado do dia. Mas, respondendo a sua pergunta, encontro sim prazer na dor. Gosto da dorzinha que fica na panturrilha depois de um treino pesado, de subir uma ladeira com o coração saindo da boca. Mas acho que meu principal prazer está no vem depois, da endorfina que faz com que me sinta muito bem pelo resto do dia...

Sergio: peço desculpa pela pergunta anterior, realmente o tom foi um pouco inapropriado...
Sergio: eu também me exaltei, não precisa se desculpar...

Sergio: mas é que é difícil de entender para alguém de fora. Como você encontra forças para acordar às 6:00h da manhã todo dia para correr?
Sergio: ainda estou procurando essa resposta, mas o fato é que não é nenhum sacrifício. Claro que há dias em que fico com vontade de desligar o despertador e dormir um pouco mais. Aí salto da cama e em 30 segundos esses pensamentos já foram embora. Creio que haja algo de místico aí. Foge da minha compreensão o significado da corrida em minha vida.

Sergio: fiquei com os olhos marejados agora, mas confesso que acordar às 6:00h da manhã para treinar não é para mim...
Sergio: mas você sou eu!

Sérgio: assim fica muito confuso para quem está lendo. É que mergulhei fundo no personagem. Peço aos leitores que ignorem seu comentário anterior. Continuando... outra coisa que tenho dificuldade de entender é esse negócio de competição. Você paga uma grana, ganha uma camisa que fica mofando na gaveta, corre a mesma distância que você está acostumado nos treinos, fica se acotovelando na largada e no final não tem a mínima chance de ficar em qualquer colocação digna de contar para seus filhos ou netos. Qual a graça disso?
Sérgio: é uma coisa maluca mesmo. Acho que tem a ver com energia. A força de todas aquelas pessoas correndo traz uma coisa boa que flui no ar. Isso nos contagia e acabamos dando nosso melhor. Está aí mais uma coisa difícil de explicar.

Sérgio: assim está ficando muito difícil essa entrevista. A motivação para os treinos é difícil de explicar. A participação em provas também. Afinal tem alguma coisa de racional nessa história toda?
Sérgio: acho que o racional termina nos treinos contínuos de 6k três vezes por semana. Aí a justificativa é melhorar a saúde. Correr mais do que isso é uma loucura difícil de explicar e entender. Tem que sentir. Acho que com o tempo também tenho descoberto que o legal da vida não são as respostas, mas sim a procura, não o ponto de chegada, mas o caminho para chegar a ele.

Sergio: com essas citações você está plagiando um monte de gente. Não foram o Arnaldo Jabour e o Lance Armstrong que disseram essas frases?
Sergio: olha, pode ser. Não sei. Não estava tentando ser original. Até mesmo uma auto entrevista parecida com essa acho que já vi em algum lugar na blogosfera.

Sergio: recentemente você escreveu um post sobre um treino especial que fez na Quinta da Boa Vista? você tinha tomado alguma substância ilícita antes de escrever aquilo?
Sergio: claro que não. A endorfina é que provoca essa sensação de euforia que ficamos após o treino. Embora eu tenha escrito no dia seguinte, ainda me lembrava da sensação maravilhosa que aquele treino tinha me causado. Mas é algo que está dentro da gente. Embora o cenário ajude, é possível ter esse sentimento correndo em qualquer lugar. Basta deixar a mente e a alma abertos à experiência. A beleza da experiência está dentro da gente.

Sergio: e os amigos? Sendo a corrida um esporte individual, não isola os praticantes?
Sergio: pelo contrário. Tenho sentido cada vez mais que meus laços de amizade se estreitaram com aqueles malucos que treinam comigo. Além disso, tenho inúmeras amizades virtuais que tenho certeza que se transformarão em reais brevemente. É gente muito especial. Em geral os corredores tem um coração enorme.

Sergio: falando tanto em coração e sentimentos, o que você diz do boato que poderá se filiar ao grupo Baleias em algum momento?
Sergio: parece ser um caminho natural. Mas não pode ser uma coisa assim, do dia para a noite. Tem que ser algo especial, no momento certo. Mas respondendo objetivamente, diria que sim, esse dia provavelmente chegará na hora certa.


Sergio: obrigado pela entrevista.
Sergio: não há de quê. Você foi muito bem como entrevistador.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Primeiras "quebras"

Essa semana de treinos foi boa, mas podia ter sido melhor. Me deixou com alguns ensinamentos.

Pela primeira vez, "quebrei" em um treino, na quinta-feira. Era um treino forte, com 8 séries de 450 metros em ladeira, alternados por 450 metros fracos descendo a mesma ladeira. O piso era grama, na Quinta da Boa Vista. Segundo o Mapmyrun, a inclinação média é de 3.5%. A grama estava pesada, da chuva da véspera. O fato é que fui fazendo as séries bem forte, e fui bem até a 6ª. Na 7ª, entretanto, minha perna travou no final e não consegui completar o trecho mais inclinado. Voltei correndo devagar para casa. De qualquer jeito, foi um treino muito bom. Acho que a velocidade foi um pouco alta demais para fazer os 8 tiros.

No domingo, não quebrei, mas cheguei perto. Fui fazer meu longão de 17k. Dessa vez, entretanto, empolgado com a melhoria do condicionamento recente, que culminou com meu PR nos 10k por mais de 3 minutos, resolvi fazer um ritmo mais forte desde o início. Esse foi meu erro. Como meu PR nessa distância é com média de 5'31"/k, resolvi correr para uma média de 5'20"/k. Estava me sentindo tão bem que achei que dava. Pois é, não deu. Nos últimos quilômetros comecei a me arrastar, chegando a fazer mais de 6'/k no último quilômetro. Por consequência, acabei o treino 8 segundos mais lento que meu melhor tempo, feito duas semanas antes.

É curioso que essas duas "quebras" ocorreram justamente quando fiquei sem meu frequencímetro, que foi furtado. Estou correndo com um outro, mas não me adaptei bem. O antigo mostrava o batimento em % do máximo (tudo parametrizável) e este é bem mais simples e tem apenas o número de batimentos por minuto. Não há problema nenhum com isso, exceto o fato de não estar habituado. Mas sinceramente acho que isso contribuiu pouco. O pior acho que foi ter aumentado a auto-estima com a performance dos 10k e ter esquecido o básico, de ir melhorando devagar e sempre.

Tudo estaria muito bem, se não tivesse agora sentindo a panturrilha. Está no limiar entre o amarelo e o vermelho em uma avaliação simplista e subjetiva de contusão. Espero que não chegue a atrapalhar os treinos. Definitivamente o preço que pago pelos erros nos treinos às vezes é alto. Não posso me empolgar demais de jeito nenhum. (UPDATE: a dor foi embora no dia seguinte. Acho que foi do esforço mesmo...)

De resto, o longão foi muito legal pela companhia dos amigos Borges e Guilherme. Corremos todos juntos até aproximadamente os 13k. Depois eu reduzi, o Guilherme manteve a velocidade e o Borges acelerou. O primeiro completou mais uma vez 21k em treino, se preparando para a Corrida da Ponte, enquanto o último correu pela primeira vez 18k. O detalhe legal do treino foi ver os helicópteros militares do Obama passando o tempo todo por cima das nossas cabeças!

Treinos da Semana:
2ª feira: spinning + musculação
3ª feira: Maracanã ritmo: aquec + 9k a um ritmo alvo de 5'10" + desaq
4ª feira: spinning + musculação
5ª feira: Intervalado com ladeira na Quinta: aquec + 6 x (450m forte + 450m fraco) + desaq
6ª feira: spinning + musculação

sábado: off
domingo: longão - Lagoa, Asfalto (17k, 1h33'58")

sexta-feira, 18 de março de 2011

Avaliação de produto: Meia técnica da Lorpen

Recebi para testar a meia técnica da Lorpen, esse modelo aqui. Gostei do produto, mas tive alguns problemas.

Inicialmente, ao abrir a embalagem, a meia vinha "costurada" na mesma por uma linha preta grossa. Eu fiz o que sempre faço, rasguei a costura e puxei a linha. O problema é que isso abriu um buraco na meia, mais ou menos no meio do pé, que não foi muito pequeno. Mas ainda assim tem sido possível usar a meia, embora creia que a vida útil deve diminuir por conta disso.

Usei ela inicialmente em um longão de 17k. Era um dia quente, mas um pouco menos do que eu vinha correndo. A meia funcionou muito bem, pois não fiquei, como vinha ocorrendo, com o pé muito molhado ao final, o que pode provocar bolhas. Tive a impressão que ela permite evaporar melhor o suor que as meias tradicionais mais grossas que estava acostumado.

A seguir corri uma prova com ela, a Corrida de São Sebastião. Como o calor era muito forte, tive que jogar muita água na cabeça e aí meus pés se molharam bastante. Creio que, nesse caso, não fez tanta diferença estar com essa meia ou não.

Depois de usá-la outras vezes, uma coisa que observei é que esse modelo específico é bem mais fino que as meias que estava acostumado a usar, então o tênis tem ficado um pouco largo. Isso ocorreu porque comprei o tênis um número maior que o usual, o que funciona bem quando a meia é grossa mas não nesse caso. Não chegou a me causar maiores problemas, mas acho que vou deixá-la mais para usar com outro tênis que tenho e é um pouco mais apertado. A recomendação, então, é de levar isso em conta na hora de adquirí-la. Deve-se lembrar, entretanto, que esse é um modelo "light", mais leve, mas existem outros da Lorpem mais grossos.

Para concluir, diria que ela é uma meia de boa qualidade que foi aprovada no teste. Não é, entretanto, uma meia que não vai molhar seus pés de jeito nenhum. Mas sinceramente, não sei se existe uma meia assim, até porque os pés precisam respirar e, por isso, a meia não pode bloquear totalmente a passagem de água. Não sei quanto ao custo, pois não avalio esse item, já que a questão de ser caro ou barato é muito subjetiva.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Rapidinhas

1. Que tal se você tivesse um jeito realmente fácil de aplicar gelo em locais estratégicos do corpo após uma competição ou longão? pois descobri um produto que, pelo visto, já existe há um tempo. São bermudas, shorts, "luvas" de panturrilha e braço que vem com bolsos especiais para colocar gelo. Ou melhor, gelo não, folhas de um material especial que, uma vez ficando no congelador por um tempo, esfria a área por até 1 hora. Achei bem legal, ainda que não tenha uma e não saiba se funciona realmente. Veja aqui. Entra para a lista dos produtos curiosos.
2. A Brooks, fabricante de material esportivo e tênis de corrida, anunciou a criação de uma linha de tênis de corrida minimalista (veja aqui). O bacana foi que eles disseram ter feito uma pesquisa e descoberto que muitas pessoas querem estar mais conectadas com o solo enquanto correm (meu caso) e que a indústria ainda não percebeu isso. Embora tenha algumas coisas que eu contestaria, achei interessante o artigo. Eles ainda não abriram detalhes, então vamos aguardar para ver os tênis. Difícil será chegar no Brasil.
3. Dean Karnazes permanece sua odisséia cruzando os EUA correndo. Atualmente ele já correu mais de 1.300k, pouco menos de 1/3 do percurso. Veja aqui.
4. Sergio, o Corredorfeliz, bateu seu recorde pessoal dos 10k. Correu a Corrida das Estações em 51'29". Isso ainda o coloca na Cavalaria, mas com potencial de chegar a ser um Pangaré Bem Tratado brevemente (desculpem mas não resisti a essa he he).

segunda-feira, 14 de março de 2011

Avaliação de prova: Corrida das Estações Outono 2011 10k


Ontem corri a Corrida das Estações, edição Outono. A largada foi dada às 8:00h e eu achei a prova muito boa.

O pacote Corrida das Estações estava como usual: muita gente, com largada pontual mas confusa, belíssima camisa e boa organização (hidratação, placas de km, kit final etc).

O tempo estava abafado, mas sem sol, o que para mim foi uma melhora significativa em relação às 3 últimas provas que participei: Faz um 21 Niterói, Estações Verão e Corrida de São Sebastião. Desta vez um desafio a mais foi chegar na prova, pois ao mesmo tempo estava ocorrendo o desfile de carnaval do Monobloco, com público estimado de 350.000 pessoas, em local próximo. Por conta disso os amigos com quem marquei atrasaram e acabei não conseguindo ficar em posicionamento tão bom na largada quanto da última vez. Também tive problemas de engarrafamento para chegar em casa.

Concluí o percurso em 51'29" (PR), um tempo melhor do que estava projetando, de 52'. Fiquei muito satisfeito com a evolução.  Na edição anterior, em dezembro, havia feito em 56'58", e na São Sebastião, em janeiro, 54'24". Além disso, foi a vez que cheguei mais "inteiro". Credito isso aos treinos, bem como a temperatura mais amena.

Uma coisa que prejudicou minha corrida foi o furto de meu frequencímetro ocorrido na sexta-feira, e aí arrumei apenas um cronômetro de última hora com o amigo Guilherme. Como tenho costume de correr com o esse instrumento, acabei sentindo falta do parâmetro que é o batimento cardíaco, e no final fiquei com a sensação que podia ter acelerado um pouco mais. Mas tudo bem, dado que, no estágio em que estou ainda devo evoluir bastante esse ano e quebrar esse recorde não deve ser muito problema.

A minha estratégia de corrida foi buscar um pace contínuo em torno de 5'10" e acelerar um pouco no final. Consegui cumprir como um relógio, variando os quilômetros de 5'05" a 5'15". Me senti bem durante toda a corrida. Nos últimos 2 ou 3 quilômetros acelerei mais, mas sem chegar à exaustão.

O tempo feito equivale a um tempo de 1h53' na Meia. Estou confiante que conseguirei buscar os 1h45' na prova-alvo, que é a Meia Maratona do RJ, em Julho. Afinal ainda tenho 4 meses.  A questão é andar no limiar entre o treino efetivo e que não provoque lesão. Se treinamos devagar, não conseguimos melhorar. Se exageramos, arriscamos uma lesão. O equilíbrio nem sempre é fácil de se obter.

Treinos da semana:
2ª feira: off - carnaval, academia fechada :-(
3ª feira: Quinta da Boa Vista: grama 10' aquec, 6x 500m forte + 500m fraco, +2 ladeiras, 10' desaq
4ª feira: spinning + musculação
5ª feira: Ritmo: Maracanã - ritmo alvo de 5'10"
6ª feira: Corrida em esteira (perdi o horário do spinning) 30' a pace de 5'/km + musculação
sábado: off
domingo: Prova - Estações Outono 10k em 51'29"

sexta-feira, 11 de março de 2011

Rapidinhas: Asics - elite "inchada"?

  1. A Asics divulgou o regulamento da Golden Four Asics, um conjunto de 4 Meia-maratonas a serem realizadas no Brasil. Para o RJ, as inscrições já estão abertas, a R$95. A surpresa é que, além dos que tiverem bom tempo em meias anteriores, QUALQUER um que tenha completado maratona nos últimos 12 meses poderá se inscrever como membro da Elite B, com largada diferenciada. Pelo jeito teremos o maior "field" de Elite da história nacional. Veja se concordam com minha interpretação sobre a Elite B:
a.Faz parte desta categoria o ATLETA AMADOR “de elite” que possui um currículo de tempos mínimos em prova DE MEIA MARATONA (21,0975Km) (MINHA OBSERVAÇÃO: O TEMPO É A SEGUIR DESCRITO COMO 1H35' PARA HOMENS E 1H45' PARA MULHERES), sendo esse obrigatoriamente válido/confirmado nos últimos 12 (doze) meses e o tempo comprovado em no mínimo 1 (um) evento. b. Poderão se inscrever nesta categoria também os atletas que comprovarem terem concluído uma Maratona (42,195Km) nos últimos 12 meses, independentemente do tempo de conclusão na prova.   
    2. Vocês se lembram do corredor amador que, com um tempo de 2h08', foi o mais rápido japonês a cruzar a linha de chegada da Maratona de Toquio? Pois é, recebeu uma BMW de US$72 mil, e resolveu doar à mãe. Boa sorte ao nosso campeão!

    3. Nos Estados Unidos morreu em um acidente de trânsito enquanto treinava com sua bike a corredora profissional e triatleta Sally Meyerhoff. Ela tinha diversos resultados expressivos, incluindo sua recente vitória na P.F. Chang’s Rock ‘n’ Roll Arizona Marathon, em Janeiro. Ainda não está claro a culpa pelo acidente, ocorrido em um choque com um veículo em um cruzamento.

    4. Durante o carnaval, a turma de Recife, realizou um treino seguindo os passos do Galo da Madrugada. Foram 70 corredores, dos grupos ACORJA, ENDORFINADOS e CORPORE SANO, que percorreram os 15k no sábado de carnaval. Como sempre, nosso amigo Gilmar fotografou brilhantemente o evento.

      quinta-feira, 10 de março de 2011

      Mudança

      A mudança é boa porque permite refletir sobre todas aquelas coisas inúteis que guardamos. Cada vez mais tenho a impressão que os grandes momentos ficam gravados na memória. Guardar objetos e recordações são uma forma de tentarmos manter uma parte dos momentos felizes, mas são um pouco inúteis, posto que raramente são revisitados. Bom mesmo é guardar o mínimo possível, mas manter muito na cabeça.

      Na hora de separar o que vai para o lixo do que vai ser guardado na casa nova, confesso que fiquei na dúvida sobre as medalhas das provas (que a Yescom não me ouça). Até agora foram 4, em trajetos curtos: duas de 6k, uma de 10k e uma de 10.5k. Não sei. Acho difícil um dia fazer um quadro para guardá-las, mas resolvi mantê-las. Por hora permanecem na gaveta da mesinha de cabeceira. No mínimo adio a decisão mais para a frente. Creio que quando fizer as provas maiores que estou planejando, a meia e a maratona em 2012, as medalhas terão uma importância maior para mim.

      Vou usar a mudança também para melhorar algumas coisas na vida. O legal é isso, estarmos sempre reavaliando e procurando viver melhor. Já que o ano começa depois do carnaval mesmo, é hora de renovação. A meta é ver menos televisão, acessar menos a internet e aproveitar mais a natureza e a cidade. O Rio de Janeiro é uma cidade fantástica, tenho que aproveitá-la agora, afinal nunca se sabe o dia de amanhã.

      Mudar

      o que está dentro e o que está fora
      acabar com o que não serve
      e recomeçar vida nova

      quantas mudanças mais virão?
      quantas oportunidades mais terei de repensar o que ficou para trás?

      cada mudança traz o sonho do novo
      de novo
      e nos permite recolocar as coisas no seu devido lugar
      às que não servem mais, o lixo
      será que um dia serviram de fato?
      às demais, um lugar de honra se reserva
      pelo menos até a próxima mudança

      as pessoas
      essas permanecem, não mudam
      ou mudam sempre mas sem sair de dentro da gente (ainda bem)



      Sergio Melo

      PS na minha vida só uma coisa não muda nada. É meu desejo de seguir correndo até não poder mais he he

      Domingo de carnaval? ou de corrida?

      Domingão pela manhã, enquanto alguns ainda se recuperavam do carnaval de sábado, segui para meu longão na companhia do meu amigo Guilherme. A temperatura ficou ótima, como que a parabenizar os abnegados que estavam ali na ciclovia da Lagoa às 7:30h da manhã. Em torno de 22º por todo o treino.

      Consegui quebrar meu recorde, tanto na distância quanto no pace. Corri 17k, com pace de 5'31"/km e tempo total de 1h33'50". Me senti muito bem nesse treino. Impressionante como é melhor correr sem calor e, principalmente, sem sol. Acrescentei mais um ponto na minha Escala de Corredor Feliz. Tem tudo corrido conforme o planejamento. O pace segue sendo o desafio até julho.

      A semana passada não treinei na quinta nem na sexta. Foram dois motivos. Em primeiro lugar, me mudei na sexta-feira e estava fazendo os últimos ajustes da obra no apartamento novo na quinta. Então ficaria muito difícil. Além disso, vinha sentindo uma dorzinha chata no tornozelo, surgida na musculação quando aumentei a carga de um exercício antes da hora. Essa dor vinha aumentando. Resolvi dar esse descanso e tratar com gelo. Foi ótimo, pois no domingo já não senti nada.

      Treinos da semana:
      2ª feira: spinning + musculação
      3ª feira: Quinta da Boa Vista: grama 10' aquec, 6x 500m forte + 500m fraco, 10' desaq
      4ª feira: spinning + musculação
      5ª feira: off (recuperação tornozelo + mudança)
      6ª feira: off (recuperação tornozelo + mudança)
      sábado: off
      domingo: longão - Lagoa, Asfalto (17k, 1h33'50") 

      Tenho gostado muito desses treinos na Quinta da Boa Vista. Entre as várias opções lá dentro, achei um trecho de cerca de 500m totalmente na grama, com um pouco de aclive. Gostei muito de treinar ali. Não me importo de ficar indo e voltando no mesmo lugar. O problema é que até chegar lá antes dava uns 10 minutos correndo devagar. Agora, com a mudança, aumenta mais uns 5 minutos, o que já fica meio distante para um treino do tipo que se usa o deslocamento de ida e volta para aquecer e desaquecer. Mas está tão bom o local que acho que vou dar um jeito de acordar um pouco mais cedo e fazer um trecho caminhando.

      quarta-feira, 2 de março de 2011

      Avaliação de produto: Toalha Tek Towel



      Recebi para testes a Toalha Tek Towel, de alta absorção, no tamanho P.

      Para mim esse produto foi extremamente oportuno, já que, nos dias em que faço cross-training tenho que levar uma mochila super-pesada para o trabalho, que inclui: a) para trabalhar - calça, camisa, sapato, meia, cinto, cueca, b) para o spinning - frequencímetro e isotônico, c) para o banho - necessaire e toalha, d) para o lanche após o treino: sanduíche, iogurte e colher para comê-lo, e) para o lanche da tarde: fruta, biscoitos maizena e ades light e f) gerais: carteira, crachá, pen drive, e outros itens menores. A toalha é um item crítico, já que fica molhada e pesada.

      Gostei muito dessa toalha. Como é super-absorvente, é bem pequena. O tamanho P, que recebi, já é mais do que suficiente para me secar, bem como os demais apetrechos (frequencímetro, shampoo, saboneteira). Funcionou realmente bem. Não vi nenhum ponto negativo.

      Não sei o preço, porque a avaliação de custo-benefício vai de acordo com o bolso de cada um, mas o produto em si é excelente!

      terça-feira, 1 de março de 2011

      Rapidinhas

      1. A Asics deu início as inscrições para seu circuito de Meias Maratonas, o Golden Four. Até o momento, não vi grandes inovações, com exceção à largada às 7:00h, que é ótimo, e medalhas diferenciadas para os 100 primeiros. O Kit segue o padrão do Circuito das Estações. As inscrições custam R$95. Não haverá largadas diferenciadas por ritmo, mas haverá pelotões de elite A (nivel profissional) e elite B. Nesse último, qualquer um que tenha completado no último ano maratonas em qualquer tempo ou meias em menos de 1h35' (ou 1h45' para mulheres) poderão se inscrever.
      2. Dean Karnazes, conhecido como o Ultramarathon man iniciou uma jornada de corrida cruzando os EUA de oeste a leste. O valor arrecadado irá para apoiar programas que visam tirar crianças do sedentarismo. Mais detalhes podem ser vistos aqui. É possível inclusive acompanhar onde ele está no momento. O que eu acho bacana destas iniciativas é que realmente inspira muitas pessoas a se iniciarem no mundo da corrida.
      3. meu amigo Pete, do Runblogger.com, experimentou o Merrel Trail Glove, mais uma opção de tênis minimalista que, infelizmente não é vendido no Brasil. Me pareceu uma ótima alternativa ao visual horrível do Vibram Five Fingers. Nos EUA custa US$110, que eu achei caro para os padrões americanos. O review foi extremamente positivo. Para mim seria ótimo, pois estou buscando uma alternativa para meu tênis minimalista.
      4. Em Niterói ocorreu o treinão de seletiva para a Corrida da Ponte, onde 73 homens e 16 mulheres conseguiram tempo suficiente para se classificar para a prova. O problema é o preço da inscrição. As inscrições, após um início frenético, parecem que estão devagar. Até o momento, estão paradas no 2º lote, que custa R$140.
      5. Em São Paulo, Marilson dos Santos, como tem sido comum, fez os adversários comerem poeira e ganhou disparado a Meia Maratona de São Paulo. No momento ele se prepara para a Maratona de Londres e tem usado essas corridas como treino.
      6. Na Maratona de Toquio, a surpresa foi uma amador que trabalha 9 horas por dia ter chegado em 3º lugar, com o ótimo tempo de 2h08min37. Com esse tempo, ele garantiu presença no Mundial da categoria. Está claro que houve treino duro, mas genética é fogo!